Todos os anos, milhões de pessoas são afetadas pelo suicídio em todo o mundo. No Brasil, essa triste realidade não é diferente. No entanto, é durante o mês de setembro a conscientização em relação a esse tema se intensifica, com a campanha Setembro Amarelo, buscando combater o estigma em torno do suicídio e incentivar a procurar por ajuda.
A campanha Setembro Amarelo foi criada em 2015 por iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). O objetivo é promover ações de informação, prevenção e apoio emocional a fim de reduzir o número de casos de suicídio no país.
Durante todo o mês de setembro, várias atividades são realizadas para conscientizar a população sobre a importância de falar sobre o assunto, de ouvir e acolher quem está passando por momentos difíceis. Palestras, seminários, caminhadas, iluminação de monumentos em amarelo, distribuição de material informativo e ações nas redes sociais são algumas das iniciativas que marcam o Setembro Amarelo.
Um aspecto fundamental da campanha é a disseminação de informações corretas sobre o tema, desmistificando mitos e quebrando tabus. É importante as pessoas entenderem que falar sobre suicídio não o incentiva, pelo contrário, manter o assunto em silêncio pode contribuir para que pessoas em situação de vulnerabilidade não busquem ajuda.
A cada ano, diferentes temas são abordados durante o Setembro Amarelo para ampliar a compreensão sobre o assunto e engajar diferentes públicos. Alguns dos temas já trabalhados incluem prevenção do suicídio entre adolescentes, valorização da vida e importância da escuta empática.
Se você ou alguém que você conhece está passando por momentos de dificuldade emocional ou pensando em suicídio, não hesite em buscar ajuda. O CVV oferece apoio emocional através do telefone 188, chat, e-mail e pessoalmente em diversas cidades do país. Além disso, profissionais de saúde, como psicólogos e psiquiatras, também estão disponíveis para auxiliar nesses momentos.
Lembre-se, falar sobre o assunto não pode ser um tabu. É preciso agir e trabalhar juntos para prevenir o suicídio e promover uma sociedade mais acolhedora e solidária. O Setembro Amarelo nos lembra da importância de cuidarmos uns dos outros e oferecermos suporte quando necessário.
O Setembro Amarelo também busca desmistificar mitos relacionados ao suicídio. Um dos mais comuns é a ideia de que falar sobre o assunto pode influenciar negativamente as pessoas. Pelo contrário, discutir abertamente o tema é uma forma de ajudar aqueles que estão passando por dificuldades emocionais, mostrando que eles não estão sozinhos e incentivando a busca por ajuda especializada.
Outro mito combatido pela campanha é a ideia de que quem fala sobre o suicídio não tem a intenção de realmente tirar a própria vida. É fundamental entender que qualquer sinal de alerta nesse sentido deve ser levado a sério e não menosprezado. Além disso, é importante que familiares, amigos e colegas de trabalho saibam como agir diante de alguém que apresente comportamentos suicidas, oferecendo apoio e encaminhando para profissionais capacitados.
Diante de um cenário preocupante, é essencial destacar a importância de se investir em políticas públicas de saúde mental. A ampliação do acesso a serviços especializados, como psicólogos e psiquiatras, bem como a criação de espaços de acolhimento e escuta atenta, são medidas fundamentais para prevenir o suicídio e promover o bem-estar emocional da população.
É fundamental que, além do mês de setembro, o tema do suicídio e a valorização da vida sejam discutidos de forma contínua, afinal, todos os dias enfrentamos situações que podem abalar nossa saúde mental. É preciso criar uma sociedade mais empática, solidária e atenta aos sinais que indicam a necessidade de ajuda.
Portanto, durante o Setembro Amarelo, mais do que vestir a cor e participar de eventos, é preciso adotar uma postura ativa de apoio e escuta para aqueles que estão enfrentando momentos difíceis. Somente assim poderemos contribuir para a prevenção do suicídio e a construção de um mundo mais resiliente e saudável emocionalmente.